Exames de Rotina das mamas
No Brasil, o câncer de mama é o responsável por 28% dos novos casos de câncer diagnosticados todo o ano, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Além disso, é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres e, para 2016, a estimativa do INCA era de 57.960 novos casos da doença.
É raro uma mulher ter câncer antes dos 35 anos, mas a partir dessa idade – e especialmente após os 50 anos – há um aumento progressivo dos casos.
Quando descoberta em sua fase inicial, a doença tem mais chances de tratamento e cura. Por isso, é tão importante que as mulheres fiquem atentas à saúde das mamas e consultem regularmente o ginecologista e/ou mastologista para os exames de rotina e prevenção.
Os métodos existentes para a detecção precoce não reduzem a incidência, mas podem reduzir a mortalidade pela doença.
Os 5 exames usados para o rastreamento do câncer de mama
- Autoexame
Conhecer o próprio corpo é o primeiro passo para a detecção precoce do câncer de mama. Ao palpar e observar as mamas, a mulher pode perceber alterações como:
– Nódulos mamários fixos, móveis, dolorosos ou não
– Alterações na pele da mama, como vermelhidão ou aspecto de casca de laranja;
– Alterações no mamilo;
– Saída de secreção pelos mamilos;
– Nódulos nas axilas;
– Retrações da pele da mama.
É importante ir ao médico assim que notar qualquer aspecto diferente nas mamas. Melhor período para se fazer o auto-exame é o período pós menstrual para as mulheres que não estão na menopausa.
- Exame clínico
O exame clínico é feito pelo ginecologista e/ou mastologista, que palpa as mamas e axilas para verificar alterações.
Por isso, as consultas anuais de rotina são importantes. Por meio delas, é possível adquirir diagnósticos precoces das patologias mais graves e também das mais comuns nas mulheres.
- Mamografia
A mamografia é o exame primordial para o rastreio do câncer de mama. Ela consiste em uma radiografia das mamas — o que permite visualizar nódulos e calcificações, mesmo antes de serem sentidos no autoexame.Estudos indicam que a mamografia de rotina pode reduzir em até 30% as mortes por câncer de mama.
A mamografia diagnóstica — realizada para investigar alguma alteração na mama — pode ser feita em qualquer idade, a pedido médico, e não há contraindicações, porém em pacientes com risco habitual de cancer de mama deve ser feita anualmente após os 40 anos. A realização do exame antes dos 40 anos acontece em casos especiais e bastante específicos como predisposição genética de alto risco, radioterapia torácica prévia, entre outros. O rastreio para casos de alto risco familiar deve iniciar 10 anos antes do parente de primeiro grau afetado.
- Ultrassonografia das mamas
A ultrassonografia das mamas é um exame complementar à mamografia. É utilizada para caracterização dos nódulos (benignos e/ou malignos) e avaliação dos cistos (conteúdo líquido). Tem utilidade também para guiar biopsias e punções. Este exame é o recomendado para pacientes que sentiram alguma alteração das mamas porém apresentam menos que 40 anos
- Ressonância magnética (RM)
A ressonância magnética da mama não é recomendada como ferramenta de triagem de rotina para todas as mulheres. No entanto, é recomendado para triagem de mulheres com alto risco de câncer de mama, geralmente devido a um forte histórico familiar e / ou uma mutação em genes como BRCA1 ou BRCA2.
A ressonância magnética não é uma ferramenta perfeita. Embora seja geralmente considerada mais sensível que a mamografia, também pode perder alguns tipos de câncer que seriam detectados pela mamografia. É por isso que a RM de mama é recomendada somente em combinação com outros exames, como mamografia ou ultrassonografia.
- Quem deve ter ressonância magnética de mama para triagem?
As mamografias anuais e a ressonância magnética mamária são normalmente recomendadas para mulheres com risco de desenvolver câncer de mama.
Sociedade Americana de Câncer recomenda que todas as mulheres de alto risco – aquelas com mais de 20% de risco de câncer de mama ao longo da vida – tenham uma ressonância magnética de mama e uma mamografia a cada ano. Para a maioria das mulheres, essas triagens combinadas devem começar aos 30 anos e continuar enquanto a mulher estiver com boa saúde. As mulheres de alto risco incluem aquelas que:
- tem uma mutação no gene BRCA1 ou BRCA2 conhecida
- tem um parente de primeiro grau (mãe, pai, irmão, irmã ou filho) com uma mutação no gene BRCA1 ou BRCA2 e não realizaram testes genéticos
- fez radioterapia no tórax para outro tipo de câncer, como a doença de Hodgkin, quando tinham entre 10 e 30 anos de idade
- tem uma doença genética, como síndrome de Li-Fraumeni ou síndrome de Cowden, ou ter uma dessas síndromes em parentes de primeiro grau
- tem um histórico pessoal de câncer de mama, carcinoma ductal in situ (CDIS), carcinoma lobular in situ (CLIS) ou alterações anormais das células da mama, como hiperplasia ductal atípica ou hiperplasia lobular atípica
- ter seios extremamente densos ou seios desigualmente densos quando vistos por mamografias
Portanto, para ficar em dia com a saúde, é preciso visitar regularmente o médico ginecologista e/ou mastologista para realizar os exames preventivos a fim de se obter o diagnóstico precoce do câncer de mama e de outras doenças.
Temas frequentes
Fatores de Risco
Estudos mostraram que o risco de câncer de mama é devido a uma combinação de fatores. Os principais fatores que influenciam seu risco incluem ser uma mulher e envelhecer. A maioria dos cânceres de mama é encontrada em mulheres com 50 anos ou mais.
História pessoal e familiar
Se você ou alguns de seus familiares tiveram câncer de mama, você pode estar interessado na possibilidade desta doença ter um carater hereditário em sua família. Para isso, a melhor maneira de começar é aprender mais sobre sua história da família tanto de sua mãe quanto de seu pai.
Cirurgias Redutoras de Risco
A mastectomia profilática é uma cirurgia para remover uma ou ambas as mamas para reduzir o risco de desenvolver câncer de mama. De acordo com o National Cancer Institute, a mastectomia profilática em mulheres portadoras de uma mutação do gene BRCA1 ou BRCA2 pode reduzir o risco de desenvolver câncer de mama em 95%.